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sábado, 21 de outubro de 2017

Valeska: Moro trata Lula como um inimigo político. Eleição sem Lula seria um escândalo internacional!


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Conversa Afiada reproduz trechos da entrevista concedida por Valeska Martins, advogada do Presidente Lula, a Nathan Lopes, do UOL:
Alvo da reclamação da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Inácio Lula da Silva (PT) no comitê de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas), o juiz Sergio Moro é o condutor de uma "guerra jurídica", segundo a advogada Valeska Martins Teixeira, que faz parte da equipe que defende o petista. "[Moro] cria uma presunção de culpa, violando a presunção de inocência que um cidadão tem, passando a demonizar um inimigo político eleito. Esse tipo de tática de guerra jurídica tem que ser denunciada", declarou em entrevista ao UOL.
Em julho do ano passado, os advogados de Lula apresentaram um comunicado ao comitê da ONU dizendo que o ex-presidente seria "vítima de abuso de poder por um juiz, com a cumplicidade de procuradores que o atendem e atuam lado a lado com os meios de comunicação".
Segundo Valeska, que diz acreditar na Justiça do país, ir à ONU não seria uma afronta ao Brasil, citando que outros países também são alvo de reclamações no comitê. "Nenhum país entende que é uma afronta a sua soberania. Muito pelo contrário, é um sinal que nós temos de estar dispostos a sempre nos aprimorarmos nas garantias individuais e nos direitos humanos dentro do país, dentro do Judiciário e também dentro da legislação".
Valeska, ao lado de seu marido, Cristiano Zanin Martins, é uma das líderes da equipe de defesa de Lula. Ela é quem mais tem focado na reclamação sobre os processos perante a ONU.
Dizendo acreditar que os processos da Lava Jato são políticos, a advogada avalia que seria um "escândalo" se Lula não puder disputar a eleição presidencial em 2018. Lula pode ficar impossibilitado de concorrer caso seja condenado em segundo instância. O petista lidera as pesquisas de intenção de voto.
Efetivamente, retirá-lo das eleições de 2018 por conta dessa perseguição política seria mais um escândalo jurídico internacional. Não acho que o Brasil pode passar por mais uma ruptura de Estado de direito, de violação dos preceitos básicos
Valeska Martins Teixeira, advogada de Lula
Ela diz que "a guerra política tem que ser travada nas urnas, de forma democrática, transparente". "Isso que é uma democracia. Nós não podemos transformar procedimentos jurídicos em perseguições políticas".

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