É curiosa a palestra de Geraldo Alckmin na série de palestras “E agora, Brasil?”, promovida pelo jornal O Globo e pelo mercado financeiro. Ladeado por Miriam Leitão e Merval Pereira, ele lembrou os tempos em que, candidato a presidente, vestiu um colete com as logomarcas do Banco do Brasil e da Caixa:
Em 2006, Alckmin foi criticado, inclusive por correligionários, por não ter feito uma defesa enfática das privatizações, principalmente quando polarizou a disputa no segundo turno com Lula. O tucano chegou a vestir um colete da Petrobras, num gesto que, segundo ele, serviu para combater “mentiras” que foram ditas pelo adversário na campanha eleitoral. Na peça de roupa, ainda havia logomarcas de outras estatais.
Alckmin repete que não privatizará o BB – “Não iria, não vou e nem irei”, diz – mas ao que parece, deixa uma porta aberta:
— Não vou falar coisas que acho que não são o caminho nesse momento. Temos 150 empresas estatais, vaicomeçar privatizando o Banco do Brasil a troco de quê?
E depois, para mostrar que não é “estatista”, dá seu próprio exemplo em São Paulo:
—Em São Paulo, no governo Mário Covas, presidi o Programa Estadual de Desestatização. Privatizamos tudo, só não privatizamos o que não teve quem comprasse.
O Banco do Brasil tem quem compre, como o Santander comprou o Banespa, naqueles tempos.
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