Redação PragmatismoEditor(a)
Atirador que matou 26 pessoas dentro de igreja no Texas foi professor de estudos bíblicos. Esse é o maior ataque com armas na história do estado. Devin Kelley costumava postar sobre armas nas redes sociais, mas presidente Trump pede que "as armas não sejam culpadas pelo massacre"
Devin Patrick Kelley
Devin Patrick Kelley, o atirador que abriu fogo em uma igreja em Sutherland Springs, cidade americana do estado do Texas, e deixou 26 mortos e dezenas de feridos, cometeu suicídio pouco após o atentado.
De acordo com o chefe de polícia do distrito de Wilson, Joe Tackitt, o responsável pelo ataque se matou após uma troca de tiros ao final de uma perseguição de carros em alta velocidade.
Várias armas foram encontradas em seu veículo, que foi periciado por especialistas.
Kelley foi professor de estudos bíblicos, segundo um perfil associado ao seu nome na rede profissional LinkedIn.
Ele descreveu a experiência como “ensinando crianças entre as idades de quatro a seis anos nas escolas vocacionais da Bíblia ajudando suas mentes a crescer e prosperar”.
Segundo a rede de TV CBS, ele serviu na área de logística do estado do Novo México até ter sido desligado em 2014.
Kelley foi julgado em 2012 por duas acusações de agressão contra esposa e filho, ficando preso por um ano. A emissora informa que ele vivia no subúrbio da San Antonio, cidade a 45 km de Sutherland Springs, e não aparentava estar ligado a grupos terroristas.
Investigadores recolheram equipamentos eletrônicos, como celular e computador, e irão investigar em busca de compreender as razões para o crime.
Nas redes sociais, publicações de Kelley sobre armas, incluindo fotos, serão analisadas. O atirador morreu após breve perseguição policial de carro.
De acordo com o governador do Texas, Greg Abbott, esse é o maior ataque com armas da história do estado. Em visita oficial ao Japão, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse se tratar de “um problema de saúde mental”.
“Não culpem as armas”
Ao comentar o massacre no Texas, o presidente Donald Trump pediu para que a tragédia não seja considerada erro da legislação das armas.
O massacre aconteceu apenas cinco semanas depois do ataque em Las Vegas, o tiroteio com o maior número de mortos registrado no país com 58 vítimas fatais, o que reativou mais uma vez o debate sobre a legislação do porte de armas nos Estados Unidos.
Donald Trump, atualmente em uma visita pela Ásia, chamou o ataque de “tiroteio assustador” e um “ato de maldade”, mas voltou a descartar que o acesso às armas nos Estados Unidos represente um problema.
“Eu penso que a saúde mental é o problema aqui. Este era – baseado em informações preliminares – um indivíduo muito perturbado”, afirmou durante uma entrevista coletiva em Tóquio, primeira escala de sua viagem à Ásia.
“Esta não é uma questão de armas”, insistiu, antes de citar um “problema de saúde mental no mais alto nível”.
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