Em comparação com 2015, os gastos do governo federal com mídia e publicidade cresceram 55%, segundo levantamento feito pelo jornalista Miguel do Rosário, do Cafezinho; de acordo com a pesquisa, veículos do Grupo Globo e o Facebook tiveram aumentos de mais de 50% em suas verbas – a Globo amealhou 42% de toda a verba para as TVs e o Facebook abocanhou 36% de toda a verba destinada a veículos digitais; já a empresa pública EBC teve corte de 74% em seu orçamento.
O golpismo compensa no Brasil.
Austeridade fiscal vale só para saúde, educação, pesquisa e infra-estrutura.
Quando se trata da Globo, Veja, Facebook, Folha, Estadão, Istoé, o governo federal é o mais generoso do mundo.
Quando se trata da Globo, Veja, Facebook, Folha, Estadão, Istoé, o governo federal é o mais generoso do mundo.
Segundo números atualizados da Secom, compilados com exclusividade pelo Cafezinho, os recursos de publicidade federal destinados à TV Globo cresceram 55% nos dez primeiros meses de 2017, na comparação com o mesmo período de 2015.
Comparei 2017 com 2015 para medir com mais clareza a mudança no período anterior e posterior ao golpe.
Em 2015, a TV Globo detinha um percentual de 42% das verbas federais destinadas a veículos de TV, o que já era uma concentração bizarra.
Em 2017, a fatia da Globo ficou em 51,27%.
A Veja também se deu bem no governo Temer: em 2017, ficou com 43% de toda verba destinada às revistas.
Os jornalões viram suas verbas de publicidade federal crescerem dramaticamente depois do golpe.
O Estadão recebeu, nos dez primeiros meses de 2017, um total de R$ 1,2 milhão, um crescimento de 677% sobre igual período de 2015.
No total, os veículos do grupo Globo receberam R$ 46 milhões do governo federal em Jan/Out de 2017, aumento de 50% sobre 2015.
É importante lembrar que estes valores, além de correspondem a 10 meses, são relativos apenas aos gastos do governo federal e ministérios. Se somarmos as despesas das estatais com publicidade, este número costuma se multiplicar por três.
Curiosamente, a imprensa tradicional nunca mais fez reportagens sobre as despesas do governo com mídia.
Ministério Público e Judiciário aceitam na boa esse evidente sequestro da vontade popular, onde um governo com aprovação de 3% despeja cada vez mais dinheiro exclusivamente em órgãos de informação que apoiam as reformas defendidas pelo mesmo governo.
Os recursos da Secom para EBC foram reduzidos em 74%.
O Facebook, tão prestativo em censurar páginas políticas de esquerda, já está mordendo 36% de toda a verba federal destinada à internet.
Em 2015, antes do golpe, a fatia do Facebook no total das verbas federais para internet era de 23%.
O aumento de verbas federais para o Facebook, depois do golpe, foi de 53%.
A principal executiva do Facebook no Brasil, a senhora Cláudia Gurfinkel, justificou a censura às páginas políticas dizendo que o “principal incentivo deles é econômico”…
Bem, a sede do Facebook pelos impostos do contribuinte brasileiro nos faz pensar que a corporação norte-americana não é exatamente um modelo de abnegação.
Outro argumento de Gurfinkel para censurar as páginas políticas é que elas teriam “muitos anúncios”. Bem, quando se tem generosas publicidades federais, pode-se, obviamente, reduzir o número desses anúncios programáticos que somos obrigados a inserir.
Carmen Lúcia, presidenta do STF, precisa atualizar aquela frase sobre a vitória do escárnio sobre o cinismo. Dou uma sugestão: a falsidade, a hipocrisia, venceram o escárnio.
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