Segundo o G1, o ex-deputado Eduardo Cunha disse hoje, em seu depoimento à Justiça Federal em Brasília, que “não participou de nenhum esquema de corrupção e acusou o ex-operador do PMDB e delator Lúcio Funaro de querer atribuir “tudo” a ele”.
“A delação que ele [Funaro] faz agora está me transformando num posto Ipiranga. Tudo é Eduardo Cunha”
Isentou, também, Michel Temer de qualquer participação dos negócios escusos que se fez liberando financiamentos da Caixa.
As declarações de Cunha são absolutamente incompatíveis com as perguntas que ele próprio dirigiu a Michel Temer – e que Sérgio Moro vetou – quando ainda tinha esperanças de que fizessem um “abafa” na sua situação e ensaiava uma delação premiada. Até livro, “contando tudo”, recordem-se, ele espalhou à imprensa que estava fazendo.
Tudo bem, é direito do acusado mentir para se proteger.
Mas há perguntas que ficam irrespondíveis com essa versão.
Como é que Funaro – um doleiro, Cunha fez questão de frisar – recebeu propinas de negócios de empresas com a Caixa sem ser coisa alguma, nem mesmo ocupante de cargo no Governo?
Por que é que Michel Temer sempre exigiu cargos na Caixa para gente de sua inteira confiança e máxima proximidade, como Geddel “51″ Vieira Lima e Moreira Franco?
Bem, Moreira Franco, “amor” antigo, Cunha não aliviou:
“Se Moreira Franco recebeu [propina], e se tratando do Moreira Franco até não duvido, não foi através das minhas mãos”, disse Cunha ao juiz Vallisney Oliveira, da 10ª Vara Federal
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