Olhar para as capas dos jornais de hoje é ver que o mais importante pilar do tucanato ruiu.
A grande mídia mostra o seu antigo grande amor enlameado, roto, histério.
A massa cheirosa, onde Aécio já fedia, agora estiola-se em praça pública.
As brasas, que ardiam faz tempo nos bastidores, viraram chamas – labaredas de fogo, dizia o pleonástico poema de Michel Temer – com o balde de gasolina que o artigo de Fernando Henrique, domingo, lhe atirou.
Nero, aliás, viajou hoje para fora do país, e só volta em duas semanas, sinal de que não é no filho moribundo que vê ficar sua herança.
Também o seu “imortal n°2” – o n°1 é FHC -, Merval Pereira escreve-lhe o epitáfio: é previsível que as lideranças partidárias que se colocaram contra Aécio, se não tiverem força interna para derrota-lo, se dispersarão no apoio às várias candidaturas já colocadas ou a serem colocadas. Mesmo com uma capilaridade grande pelo país, e uma força grande em São Paulo, o PSDB não terá condições de sobreviver politicamente a esse revés.
O papel celofane que mal escondia a continuidade da disputa entre Geraldo Alckmin e João Doria, derreteu-se: o primeiro reagiu ao ato de força de Aécio, o segundo aplaudiu-o.
Parece, pelo quadro que se tem hoje, que o governador paulista terá uma candidatura “cristianizada”, como ocorreu com o candidato do PSD, nas eleições de 46, com seu candidato Cristiano Machado, esvaziado por seus “apoiadores”.
Doria, ainda sonhando em uma candidatura com o apoio de Temer, disputa com a candidatura Luciano Huck, ao que parece já abrigada no PPS, o lugar de “novidade” eleitoral.
A rigor, a direita está tratando 2018 como uma loteria, onde as bolinhas giram, chocam-se, disputam o “uni-duni-tê” para ser o escolhido.
Huck é bom de sorteio. Agora mesmo está fazendo um de sabão em pó e detergente, que promete distribuir carros e dinheiro.
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