Era um regabofe, bancado pelo empresariado, nos salões do Graciosa Country Club de Curitiba, para dar uma medalha a Luiz Edson Fachin, do STF, esta figura que não cessa de encolher desde que abiscoitou a toga de ministro do Supremo Tribunal Federal e, sobretudo, depois que a morte de Teori Zavascki deixou-lhe a rica herança de Barão da Lava Jato.
Entre os comensais, toda a linha de comando da operação: Deltan Dallagnol, Sérgio Moro, seu amigo e revisor de suas sentenças, João Pedro Gebran Neto, e o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz.
Todos devidamente ciceroneados por Beto Richa, o polidenunciado governador tucano do Paraná.
Era, portanto, uma “social” da província, lugar mais que inadequado para se falar de julgamentos de processos que podem abalar a vida de toda a nação, não é?
Qual nada! Gebran e Thompson Flores não se fizeram de rogados e deram entrevista ao repórter Vinicius Boreki, do UOL, meio que a prometer fazerem seus “deveres de casa” e proclamarão a sentença (adivinhe com que teor) de Lula antes que aquela de deveria ser a suprema juíza, a população, possa falar, em 2018.
É, diz Flores, “interesse da nação”, esperançoso que três votos de desembargadores anulem o que poderia ser o voto de dezenas de milhões de cidadão. O relator Gebran também não se furtou a falar – o que seria absolutamente justificável, dado o ambiente – e acenou com “boas notícias”: ‘talvez seja possível julgar antes das eleições”.
E todos entregaram-se, então, aos comes e bebes trazidos pelos garçons.
Já tinham provado Lula frito de entrada, porque decoro não faltava no cardápio.
Sem comentários:
Enviar um comentário