Lê-se na Folha que as mensagens publicitárias do PMDB, que irão ao ar a partir de hoje, vai apresentar Michel Temer como alguém contra quem “”a perseguição ultrapassou todos os limites”.
Em um dos vídeos, ao qual a Folha teve acesso, não há citação nominal ao ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, mas um narrador afirma que houve uma “trama” para “derrubar” Temer e que ela foi “desmontada”.
E segue, claro, dizendo que tentaram derrubá-lo mas “O Brasil está de pé”.
Francamente, uma estratégia publicitária destas, apresentando um homem rejeitado por 95% da população como um “tadinho” injustiçado consegue ser pior do que a do PSDB quando se apresentou como um partido no divã, arrependido de seus erros, isso logo após as malas para Aécio.
E o pior, com o “mártir”, de viva voz, procurando apresentar-se como o herói vitorioso de uma guerra, pois a figura aparece, diz a Folha, para pregar:
“A verdade é libertadora e não só nos livra das injustiças como nos dá ainda mais mais força, vontade e coragem para seguir em frente. É isso que vamos fazer com muita convicção, porque agora é avançar”
Faltou só o folclórico deputado Carlos Marun e aquele tatuado de hena do Pará fazendo o “backing vocal” com coreografia: “tudo está no seu lugar, graças a Deus”. Pena que o Benito de Paula desautorizou o uso de sua velha música.
Tudo isso, claro, com algumas referências que, a esta altura, só vão fazer algum sucesso no facebook do Movimento Brasil Livre, pois Jair Bolsonaro, o neoneoliberal, não vai se associar ao moribundo: “Tiramos o país do vermelho“, diz o vídeo em uma referência à cor do PT”.
E a estratégia vai além da TV, como se viu ontem no discurso do empresário e ex-sócio de Temer que disse que ele “venceu a guerra e aqui está, sobranceiro, ao nosso lado”, sob gritos de “viva a direita” e o “o Brasil está nos trilhos” gritados por uma platéia de vereadores e funcionários de Itu, lugar realmente apropriado para tal pretensão de grandeza.
O “low profile” que o bom senso recomendaria a Temer é deixado de lado pela pretensão que tem em se “cacifar” para um processo eleitoral onde ninguém quer tê-lo por perto – embora muitos queiram o poder da caneta e do dinheiro governista.
Como diz um amigo, um idiota só é completamente idiota quando se acha genial.
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