"Se hoje fosse meu enterro, acho que teria mais gente do que nas festas de rua. Mas entre eu e as balas estava a mão de Deus para nos livrar", diz empresária
Do BLOG DE ALBÉRICO CASSIANO
A dupla roubou vários aparelhos celulares da loja, mas a gerência não soube precisar a quantidade. A Polícia Militar fez buscas, mas nenhum acusado foi localizado.
Fotos: Facebook/Reprodução |
charlesnasci@yahoo.com.br
Dois elementos armados assaltaram, nessa segunda-feira (13), a loja Laser Eletro, na avenida Agamenon Magalhães, no Centro de Surubim, e provocaram pânico entre pedestres ao efetuarem diversos disparos de revólver durante a fuga. De acordo com informações de funcionários da loja, os dois assaltantes chegaram em uma moto Honda Fan, de cor vermelha e placa não anotada. A avenida é uma das mais movimentadas do comércio, com diversas lojas de eletroeletrônicos e agência dos Correios, além de duas importantes escolas.
"Eu vinha passando na hora do tiroteio, foi muita bala. Eles roubaram a loja e saíram em velocidade, atirando para cima, para o pessoal abrir espaço e povo todo correndo, se jogando nas calçadas, entrando e fechando as portas", conta o fisioterapeuta Jorge Eduardo. Ainda de acordo com testemunhas, um policial reformado, passava pelo local chegou a revidar os disparos, em defesa da população, mas nenhum dos elementos foi atingido.
A empreendedora Onilda Flores vivenciou uma situação bem tensa. Ela caminhava da casa dela para a farmácia com uma amiga, quando se viu no meio do tiroteio. "Eu estava saindo de casa, indo tomar uma injeção para coluna na farmácia, encontrei Godô Brito, segurei na mão dela, e parei na sobra de uma árvore porque estava com dor. Foi quando ouvimos os tiros, então me joguei no chão, porque sempre ouvi que é o que se deve fazer em caso de tiroteio, e vi as balas passando. Estou toda arranhada, mas o trauma é muito maior, meu sistema nervoso ainda está muito abalado", conta a comerciante.
Dois elementos armados assaltaram, nessa segunda-feira (13), a loja Laser Eletro, na avenida Agamenon Magalhães, no Centro de Surubim, e provocaram pânico entre pedestres ao efetuarem diversos disparos de revólver durante a fuga. De acordo com informações de funcionários da loja, os dois assaltantes chegaram em uma moto Honda Fan, de cor vermelha e placa não anotada. A avenida é uma das mais movimentadas do comércio, com diversas lojas de eletroeletrônicos e agência dos Correios, além de duas importantes escolas.
"Eu vinha passando na hora do tiroteio, foi muita bala. Eles roubaram a loja e saíram em velocidade, atirando para cima, para o pessoal abrir espaço e povo todo correndo, se jogando nas calçadas, entrando e fechando as portas", conta o fisioterapeuta Jorge Eduardo. Ainda de acordo com testemunhas, um policial reformado, passava pelo local chegou a revidar os disparos, em defesa da população, mas nenhum dos elementos foi atingido.
A empreendedora Onilda Flores vivenciou uma situação bem tensa. Ela caminhava da casa dela para a farmácia com uma amiga, quando se viu no meio do tiroteio. "Eu estava saindo de casa, indo tomar uma injeção para coluna na farmácia, encontrei Godô Brito, segurei na mão dela, e parei na sobra de uma árvore porque estava com dor. Foi quando ouvimos os tiros, então me joguei no chão, porque sempre ouvi que é o que se deve fazer em caso de tiroteio, e vi as balas passando. Estou toda arranhada, mas o trauma é muito maior, meu sistema nervoso ainda está muito abalado", conta a comerciante.
A também empreendedora Godô Brito, lembra que o tempo que parou para acompanhar a amiga foi o suficiente para evitar algo pior. Ela chegou a ser levemente atingida por estilhaço de bala e ainda recolheu um fragmento do estilhaço da cápsula. "Só deu tempo de segurar na mão de Onilda, e quando a gente parou, já começou o barulho. No começo eu achei que fossem fogos, mas logo em seguida já vi a moto passando com eles gritando... 'abre, abre'... meu caminho era em direção às balas, penso que se eu tivesse seguido, poderia ter sido atingida mesmo, de forma mais séria, quem sabe? É muito aterrorizante você ouvir tiros e ver balas passando e pessoas correndo, algumas recolhendo as balas disparadas. Graças a Deus ficou só o susto muito grande", disse a comerciante que também atua no setor de roupas para noivas e casamentos.
Por ter atuado no setor por quase três décadas, e ser proprietária de uma galeria, Onilda Flores é muito conhecida nas cidades da região, e no mundo empresarial pela atuação nas entidades que representam os empreendedores no país. Após o episódio, ela chega a brincar com a própria situação, embora sinta que os empresários da cidade sentem necessidade de mais segurança.
"Tenho recebido muitos telefonemas e visitas. Muitos empresários lembram que aqui na rua [Sete de Setembro] muitas lojas já foram assaltadas, que é preciso reforço na segurança. E todo mundo querendo saber como eu estou, se estou bem e eu fico muito agradecida e feliz por saber que as pessoas se preocupam comigo, que gostam de mim. Acho que se fosse meu enterro hoje, teria mais gente do que nas festas de rua de Surubim. Eu sou uma mulher de fé, e brinco que 'velho' é danado pra morrer de queda, mas acho que nem caí, nem me joguei no chão. Foi Deus que me deitou ali, tenho certeza que entre eu e as balas estava a mão de Deus para nos livrar", acrescenta.
Por ter atuado no setor por quase três décadas, e ser proprietária de uma galeria, Onilda Flores é muito conhecida nas cidades da região, e no mundo empresarial pela atuação nas entidades que representam os empreendedores no país. Após o episódio, ela chega a brincar com a própria situação, embora sinta que os empresários da cidade sentem necessidade de mais segurança.
"Tenho recebido muitos telefonemas e visitas. Muitos empresários lembram que aqui na rua [Sete de Setembro] muitas lojas já foram assaltadas, que é preciso reforço na segurança. E todo mundo querendo saber como eu estou, se estou bem e eu fico muito agradecida e feliz por saber que as pessoas se preocupam comigo, que gostam de mim. Acho que se fosse meu enterro hoje, teria mais gente do que nas festas de rua de Surubim. Eu sou uma mulher de fé, e brinco que 'velho' é danado pra morrer de queda, mas acho que nem caí, nem me joguei no chão. Foi Deus que me deitou ali, tenho certeza que entre eu e as balas estava a mão de Deus para nos livrar", acrescenta.
Foto: Facebook/Reprodução |
GENTILEZA GERA GENTILEZA - comovida com a solidariedade dos amigos, a empresária conta que a visita mais comovente que recebeu foi inusitada, feita por uma senhora muito simples, a quem ela não conhecia pessoalmente. "Meu celular não parou. Cada telefonema, cada pessoa que passou aqui tocou me fez me sentir melhor. É muito bom receber o carinho das pessoas. Muita gente pensou que eu havia morrido, ou tivesse sido atingida. Uma senhora, que eu não conhecia, veio aqui e me disse: 'eu passei aqui pra saber da senhora, porque meu marido fala muito da senhora, lá em casa. Ele é gari, e conta que a senhora é fala sempre com eles, agradece quando sai de casa e eles estão varrendo sua rua. Então a gente ficou preocupado quando soube, passei pra saber se tá tudo bem'. Então, gente como dona Raimunda e a família dela, me deixam muito feliz", completa.
A dupla roubou vários aparelhos celulares da loja, mas a gerência não soube precisar a quantidade. A Polícia Militar fez buscas, mas nenhum acusado foi localizado.
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