► Se o pobre sobreviver à pandemia e à fome ele ainda precisará lutar contra as doenças, contra a falta de remédios
O ministro da Economia, Paulo Guedes, é jocosamente chamado pelos colegas na Esplanada dos Ministérios de “Caco Antibes”, em alusão à personagem do ator Miguel Falabella, que dizia odiar pobres.
– Se os pobres morrerem, o Brasil decola – é uma frase atribuída ao “sinistro” da Economia.
Há dúvidas sobre a autoria da sentença acima, porém nunca é demais lembramos o axioma segundo qual ‘a prática é o critério da verdade’ [Karl Marx, 1818].
O fato é que os pobres ou morreram na pandemia [ eles estão entre a maioria dos 667.647 óbitos acumulados] ou estão morrendo de fome, haja vista que 33,1 milhões de pessoas não têm o que comer e outras 125,2 milhões de pessoas sofrem com a insegurança alimentar.
Se o pobre sobreviver a essas duas agruras – pandemia e fome – ele ainda precisará lutar contra as doenças, contra a falta de remédios.
Os remédios foram os vilões da inflação em maio, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (09/06).
Os remédios exerceram maior pressão sobre a taxa de inflação no mês passado, de acordo com o índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em abril passado, o governo cessante do presidente Jair Bolsonaro (PL) autorizou aumento de até 10,89% no preço dos remédios.
Um farmacêutico de Curitiba, ouvido pelo Blog do Esmael, disse que se emociona pela quantidade de pessoas que vão à drogaria, mas não têm condições de comprar os medicamentos prescritos na receita médica.
– É de cortar o coração – soluçou, ao afirmar que os aumentos foram maiores porque os laboratórios retiraram descontos de praxe. “Tem remédio que subiu 30% no último mês.”
– Está faltando insumos e há desabastecimentos nas farmácias – disse a fonte, reforçando que os pobres sofrem mais ainda porque os preços continuarão a subir.
Do Blog do Esmael
Postado por Madalena França
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