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terça-feira, 22 de abril de 2014

Márquez: a homenagem no México!

France Presse
21/04/2014 19h30 - Atualizado em 21/04/2014 21h39

Família leva cinzas de Gabriel García Márquez a homenagem no México

Mulher e filhos do escritor participam de tributo nesta segunda-feira (21).
Ganhador do Nobel de Literatura morreu na quinta aos 87 anos.

Da AFP
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A viúva de Gabriel García Márquez, Mercedes Barcha (ao centro), e os filhos do casal Gonzalo (à direita da mãe) e Rodrigo (à esquerda da mãe), diante da urna com as cinzas do autor durante homenagem ao escritor no México (Foto: Yuri Cortez/AFP)A viúva de García Márquez, Mercedes Barcha (ao centro), e os filhos do casal Gonzalo (à dir. da mãe) e Rodrigo (à esq. da mãe), diante da urna com as cinzas do autor (Foto: Yuri Cortez/AFP)
A viúva de Gabriel García Márquez, Mercedes Barcha, e os filhos do casal Gonzalo (esq.) e Rodrigo, diante da urna com as cinzas do autor durante homenagem ao escritor no México (Foto: Ronaldo Schemidt/AFP)A viúva de Gabriel García Márquez, Mercedes Barcha, e os filhos do casal Gonzalo (esq.) e Rodrigo, diante da urna com as cinzas do autor durante homenagem ao escritor no México (Foto: Ronaldo Schemidt/AFP)
Familiares de Gabriel García Márquez foram aplaudidos por dezenas de convidados nesta segunda-feira (21), na chegada das cinzas do escritor colombiano ao Palácio de Belas Artes da Cidade do México, onde ele é homenageado. Considerado um dos autores mais importantes do século XX, o ganhador do prêmio Nobel de Literatura morreu na quinta-feira (17), aos 87 anos. Ele morava no México desde 1961.
A viúva do García Márquez, Mercedes Barcha, entrou no vestíbulo do palácio carregando uma urna de madeira com as cinzas. Escoltada por carros e motos da polícia, a comitiva da família do escritor seguiu da casa de García Márquez, no bairro de El Pedregal, para o Palácio de Belas Artes, no centro da capital mexicana.
O grupo é composto por Barcha, seus filhos Rodrigo e Gonzalo, vários netos e Jaime García Márquez, um dos dez irmãos do escritor, entre outros familiares.
As escadas de mármore do Palácio de Belas Artes estão decoradas com rosas amarelas, que o escritor sempre tinha por perto, já que considerava um amuleto contra o azar. No alto do vestíbulo, há uma enorme foto – em preto e branco – do escritor sorrindo, na qual se lê sua famosa frase: "La vida no es la que uno vivió, sino la que uno recuerda y cómo la recuerda para contarla" (Em tradução livre: "A vida não é o que você viveu, mas, sim, suas recordações e como se lembra para contá-la").
A pedido da família, na cerimônia serão interpretadas as músicas clássicas favoritas de García Márquez, entre elas uma composição do húngaro Béla Bartók.
No lado de fora do Palácio, ao menos 700 pessoas faziam fila para entrar no local e se despedir do escritor. Algumas carregavam flores amarelas (o eterno amuleto de García Márquez) e outras, livros. Em vários momentos, entoavam a canção "Macondo", popularizada na voz do mexicano Óscar Chávez.
"Gostaria de agradecê-lo pelo gosto que me incutiu pela leitura. Assim como nos 'Cem anos de Solidão', que ele sobreviva mais 100 anos nos nossos corações", disse à AFP Joseline López, uma venezuelana de 21 anos que estuda medicina no México.
"Ainda não posso acreditar que ele morreu. Estando aqui posso assimilar melhor as coisas", declarou Felisa Tole, uma colombiana que vive no México há oito anos.
A chegada do presidente do México, Enrique Peña Nieto, e do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, está prevista para as 19h local (21h de Brasília).
Santos chegou na tarde de hoje ao México, acompanhado por sua mulher, María Clemencia Rodríguez, o filho Martín e uma dezena de amigos de García Márquez, entre eles o ex-presidente colombiano César Gaviria, o escritor William Ospina e os jornalistas Enrique Santos (irmão do presidente) e Roberto Pombo, diretor do jornal "El Tiempo".
Nesta terça-feira (22), uma outra homenagem acontecerá em Bogotá.
Netos de Gabriel García Márquez choram diante da urna com as cinzas do autor durante homenagem na Cidade do México nesta segunda-feira (21) (Foto: Edgard Garrido/Reuters)Netos de Gabriel García Márquez choram diante da urna com as cinzas do autor durante homenagem na Cidade do México nesta segunda-feira (21) (Foto: Edgard Garrido/Reuters)
Músicos tocam Vallenato, música folclórica da Colômbia, durante homenagem a Gabriel García Márquez no México nesta segunda-feira (21) (Foto: Ronaldo Schemidt/AFP)Músicos tocam Vallenato, música folclórica da Colômbia, durante homenagem a Gabriel García Márquez no México nesta segunda-feira (21) (Foto: Ronaldo Schemidt/AFP)
Considerada amuleto da sorte por Gabriel García Márquez, flor amarela é colocada diante da urna com as cinzas do autor colombiano durante homenagem na Cidade do México nesta segunda-feira (21) (Foto: Ronaldo Schemidt/AFP)Considerada amuleto da sorte por Gabriel García Márquez, flor amarela é colocada diante da urna com as cinzas do autor colombiano durante homenagem na Cidade do México nesta segunda-feira (21) (Foto: Ronaldo Schemidt/AFP)
Multidão faz fila diante do Palácio de Belas Artes da Cidade do México para participar de homangem a Gabriel García Márquez nesta segunda-feira (21) (Foto: Alfredo Estrella/AFP)Multidão faz fila diante do Palácio de Belas Artes da Cidade do México para participar de homanagem a Gabriel García Márquez nesta segunda-feira (21) (Foto: Alfredo Estrella/AFP)
Homem segura exemplar de 'Cem anos de solidão', uma das principais obras de Gabriel García Márquez, na fila para entrar no Palácio de Belas Artes do México (Foto: Alfredo Estrella/AFP)Homem segura exemplar de 'Cem anos de solidão', uma das principais obras de Gabriel García Márquez, na fila para entrar no Palácio de Belas Artes do México (Foto: Alfredo Estrella/AFP)


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