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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Réu do Carandiru é condenado a 624 anos de prisão

10/12/2014 08:4o
O ex-policial Cirineu Carlos Letang Silva, de 50 anos, já estava recluso pela morte de um travesti


O complexo penitenciário foi implodido no dia 8 de dezembro de 2002 / Reuters

Por: Diário SP Online 
Na noite desta terça-feira (9), o ex-policial militar Cirineu Carlos Letang Silva, de 50 anos, foi condenado a 624 anos de prisão pelo assassinato de 52 dos 111 presos mortos no massacre do Carandiru, que aconteceu em 1992. O acusado deverá cumprir pena em regime fechado.
Silva foi o último réu do caso a ser julgado devido à solicitação de seus advogados para a realização de uma avaliação prévia de sanidade mental. Ele já estava preso por ter matado um travesti em 2011, e tem participação no homicídio de outros três homossexuais.
No mês de abril deste ano, outros 15 policiais envolvidos no massacre foram condenados, através de júri popular, a 48 anos de prisão.  Desde a ocorrência, há 22 anos, 74 policiais foram considerados responsáveis pelas mortes dos detentos.
Caso / O massacre aconteceu no dia 2 de outubro de 1992, durante a intervenção da Polícia Militar do Estado de São Paulo para amenizar uma rebelião no antigo Complexo Penitenciário, localizado no Carandiru, Zona Norte da capital. Ao todo, 111 presos foram mortos.
O processo de desativação do local teve início em 2002, e culminou na implosão da unidade prisional no dia 8 de dezembro daquele ano. Em 2007, a área deu lugar ao Parque da Juventude, centro que reúne atividades culturais, recreativas e esportivas.

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