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terça-feira, 6 de setembro de 2016

Agências bancárias estão em greve e fechadas em 9 estados e DF.



Categoria rejeitou proposta de reajuste salarial de 6,5% da Fenaban. Sindicatos pedem reposição da inflação mais 5% de aumento real
Categoria rejeitou proposta de reajuste salarial de 6,5% da Fenaban. Sindicatos pedem reposição da inflação mais 5% de aumento real
Bancários de todo o país devem entrar em greve a partir desta terça-feira (6) por tempo indeterminado, 
segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). A paralisação foi 
aprovada em assembleia na última quinta-feira (1º). No início do dia, pelo menos nove estados e o
 Distrito Federal tinham agências fechadas.
Veja a situação em cada estado e no DF
Alagoas
Apesar de começar oficialmente nesta terça, a greve dos bancários já gerava transtornos para os usuários de
 Maceió desde à tarde da véspera, quando se formaram filas nas salas de atendimento de algumas agências 
por causa da falta de dinheiro nos caixas eletrônicos.
Goiás
De acordo com o Sindicato dos Bancários do Estado de Goiás, 60% das agências de bancos públicos e
 privados em Goiânia e no interior estarão com o atendimento suspenso.
Segundo o presidente do sindicato, Sérgio Luiz da Costa, vários serviços serão afetados pela greve.
 “A expectativa é que o primeiro dia de greve já comece com uma movimentação bem forte. 
Estarão suspensos os serviços que os clientes utilizam dentro das agências, relacionados ao FGTS, 
seguro desemprego, contratos, revalidação de senha de cartão, abertura de contas, vendas de produtos,
 entre outros”, afirmou.
Espírito Santo
Os bancários do Espírito Santo também decidiram entrar em greve. O Sindibancários foi procurado 
pelo ‘G1′, mas, por enquanto, não soube informar quantas agências aderiram à paralisação.
 Um levantamento será feito ao longo da manhã, e a expectativa é que o número seja divulgado ao meio-dia.
Distrito Federal
Por causa da paralisação nacional, agências amanheceram com cartazes afixados indicando a mobilização,
 que vai reduzir os serviços nas agências. A categoria reivindica aumento de 15% (sendo que 10% são 
para cobrir perdas com inflação e 5% representariam aumento real).
Pela estimativa do Sindicato dos Bancários de Brasília, existem cerca de 600 unidades de atendimento 
em todo o DF, onde trabalham 30 mil bancários. Até as 7h16, o sindicato não estimou quantas 
agências foram fechadas nem o número de trabalhadores que aderiram à paralisação. O piso da categoria 
é de R$ 1,9 mil.
Pará
Em toda Região Metropolitana de Belém, na porta das agências bancárias o aviso anunciava que não haveria
 expediente. A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro de 2015 e teve duração de 21 dias,
 com agências de bancos públicos e privados fechadas em todo o Brasil.
Paraíba
Os bancários da Paraíba iniciam nesta terça-feira (6) uma greve geral por tempo indeterminado.
 Com a paralisação, os serviços bancários oferecidos pelas agências passam a funcionar com apenas
 30% da capacidade. A decisão pela greve foi feita em assembleia específica, realizada na noite
 de quinta-feira (1º), na sede do Sindicato do Bancários da Paraíba, em João Pessoa.
Paraná
Bancários de Curitiba e Região Metropolitana também entraram em greve por tempo indeterminado a partir 
desta terça.
Rio Grande do Norte
Bancários do Rio Grande do Norte aderiram à paralisação nacional da categoria e decidiram entrar em greve 
nesta terça-feira (6).
Santa Catarina
Funcionários da Grande Florianópolis se reunirão nesta manhã, diante do Banco do Brasil, em frente 
à Praça XV, no centro da capital, para deliberar as ações do início da greve da categoria nos 23 municípios
 da região. Segundo o sindicato da região, municípios do Sul catarinense devem entrar em greve na
 quinta-feira (8).
São Paulo
Agências bancárias de Sorocaba e região também aderiram à paralisação nacional.
 Segundo o presidente do sindicato da categoria, Júlio Camargo, a greve fechar 300 agências em
 40 municípios da região.
Reivindicações
A categoria rejeitou a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) de reajuste de 6,5% 
 sobre os salários, a PLR e os auxílios refeição, alimentação, creche, e abono de R$ 3 mil. 
Os sindicatos alegam que a oferta ficou abaixo da inflação projetada em 9,57% para agosto deste ano
 e representa perdas de 2,8% para o bolso de cada bancário.
Os bancários querem reposição da inflação do período mais 5% de aumento real, valorização do piso salarial,
 no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho), PLR de 
três salários mais R$ 8.317,90, além de outras reivindicações, como melhores condições de trabalho.
Segundo a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban, o braço sindical dos bancos), a proposta representa
 um aumento, na remuneração, de 15% para os empregados com salário de R$ 2,7 mil, por exemplo.
 Para quem ganha R$ 4 mil, o aumento de remuneração será de 12,3%; e, para salários de R$ 5 mil, 
equivale a 11,1%. O piso salarial para a função de caixa, com o reajuste, passaria a R$ 2.842,96,
 por jornada de 6 horas/dia.
“É importante ressaltar que as soluções encontradas na mesa de negociação variam conforme
 a conjuntura econômica e que a proposta apresentada neste ano responde a condições específicas 
pela qual passa a economia brasileira”, diz a entidade.
Atendimento
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) lembra que os clientes podem utilizar os caixas 
eletrônicos para agendamento e pagamento de contas (desde que não vencidas), saques, depósitos,
 emissão de folhas de cheques, transferências e saques de benefícios sociais.
Nos correspondentes bancários (postos dos Correios, casas lotéricas e supermercados),
 é possível também pagar contas e faturas de concessionárias de serviços públicos,
 sacar dinheiro e benefícios e fazer depósitos, entre outros serviços.
Greve passada
A última paralisação dos bancários ocorreu em outubro do ano passado e teve duração de 21 dias, 
com agências de bancos públicos e privados fechadas em 24 estados e do Distrito Federal.
 Na ocasião, a Fenaban propôs reajuste de 10%, em resposta à reivindicação de 16% da categoria.

Fonte: G1

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