Para os advogados do petista, juiz cometeu abuso de autoridade na condução de ações da Lava Jato, como a condução coercitiva do ex-presidente
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio de seus advogados, entrou nesta sexta-feira (18) com ação judicial pedindo a prisão do juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais decorrentes da Operação Lava Jato em primeira instância. O petista é réu em três processos decorrentes da operação, que apura a formação de cartel e desvio de recursos da Petrobras.
De acordo com os advogados do ex-presidente, Moro cometeu irregularidades ao longo da condução das ações penais que envolvem o petista no âmbito da Lava Jato, como sua condução coercitiva, no início de março, além da emissão de mandados de busca e apreensão e de escutas telefônicas, considerados pela defesa como ilegais.
"Após expor todos os fatos que configuram abuso de autoridade, a petição pede que o agente público Sergio Fernando Moro seja condenado nas penas previstas no artigo 6º. da Lei 4.898/65, que pune o abuso de autoridade com detenção de dez dias a seis meses, além de outras sanções civis e administrativas, inclusive a suspensão do cargo e até mesmo a demissão.", diz nota enviada pela defesa do petista.
Acusações
Em uma das ações da Lava Jato em que é réu, na 13ª Vara Federal de Curitiba – comandada por Moro –, o ex-presidente é acusado pelos procuradores que integram a força-tarefa da Lava Jato de ter recebido propina no valor de R$ 3,7 milhões no esquema montado para desviar recursos da Petrobras. O Ministério Público Federal (MPF) afirma que os pagamentos foram feitos por meio do fornecimento de vantagens indevidas, como a reforma do apartamento tríplex em Guarujá, no Litoral paulista, que seria utilizado pelo petista.Em outro processo aberto pelo MPF e aceito pela Justiça Federal em Brasília, Lula é acusado de ter agido junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e outros órgãos ligados ao governo federal para obter a liberação de verbas para a empreiteira Odebrecht. O objetivo das movimentações seria viabilizar obras da construtora em Angola, na África. Em troca, a empresa teria pago propina no valor de aproximadamente R$ 30 milhões.
* Com informações da Agência Brasil
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