A Organização das Nações Unidas
(ONU) apontou que o Brasil perde cerca de R$ 200 bilhões com esquemas de corrupção
por ano, disse o procurador federal Paulo Roberto Galvão, que faz parte da Operação
Lava Jato. "Somente no caso da Petrobras, os desvios de recursos de forma ilegal
envolvem entre R$ 30 bilhões e R$ 40 bilhões, o
que consta inclusive de um estudo da Polícia Federal", destacou o procurador.O procurador ressaltou que
a Petrobras é "vítima" dos atos de corrupção, que é tese da estatal para defender-se
de ações de investidores internacionais, boa parte delas movidas por investidores
estrangeiros nos EUA.
O Departamento de Justiça americano investiga os esquemas de corrupção da
Petrobras, pois há suspeitas de envolvimento de empresas por vários canais, como
contas bancárias, de forma ilegal no país.
"Há um relacionamento muito bom com o Departamento de Justiça americano, os
contatos são constantes e frequentes", disse Galvão. "Eles nos apoiam no que eles
têm jurisdição e nós os apoiamos onde temos jurisdição", apontou o procurador.
" É feito um trabalho coordenado e a gente sempre viu das autoridades americanas
muito respeito pelo trabalho que foi feito no Brasil."
O procurador ressaltou que a Lava Jato faz investigações conjuntas com autoridades
de 17 países, que inclusive já abriram apurações locais, a exemplo do que ocorre nos
EUA.
Paulo Roberto Galvão também lembrou que no âmbito da Lava Jato, a Odebrecht,
Braskem e a Rolls Royce já fizeram acordos de leniência. "Mas é possível que outras
empresas façam outros acordos, desde que estejam interessadas em realizar."
(Ricardo Leopoldo, correspondente - ricardo.leopoldo@estadao.com)
Fonte:noticiasaominuto.
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