Um amigo envia-me a sensacional reportagem da BBC sobre um autodenominado movimento “Tucanos com Aécio em Ação” que enviou senador mineiro “flores, champanhe e um cartão em comemoração à devolução do seu mandato – decidida pelo Senado no último dia 17, revertendo o afastamento da Casa determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em meio a investigações por corrupção”.
Diz o mimoso cartão:
“Seus eleitores e admiradores estarão sempre torcendo por seu merecido sucesso e te acompanhando em cada passo desta caminhada. Desejamos vê-lo na Tribuna do Senado fazendo um belo e caloroso discurso que será alentador para quem se solidarizou com você nestes dias tão sombrios”
A BBC localiza alguns membros de tão curiosa confraria aecista. É a estudante Walleska da Costa, de 28 anos, que diz integrar o grupo pouco mais de 1,2 mil no Facebook, que fez “uma vaquinha para comprar os mimos, encomendados em uma floricultura”, bem como o champanhe, que seria uma referência ao que ministro Luís Roberto Barroso, segundo o colunista da Folha Reinaldo Azevedo, teria aberto em seu gabinete após votar pelo afastamento de Aécio.
“O Aécio está sendo usado como bode expiatório. Lula e Gleisi [Hoffmann, senadora do PT] continuam soltos. Já o Aécio está sempre sendo malhado, então quisemos mandar um agrado de boas vindas”, aponta Costa, moradora do Rio Grande do Sul.
Colega de Walleska na coordenação do grupo, Hugo Ferreira diz que “Aécio não deve renunciar [à presidência do PSDB] de forma alguma. O partido era muito menor antes dele. Onde ele vai, ele cria desenvolvimento. Como tirar esse líder? É uma injustiça”, aponta Ferreira, que ainda vê potencial para Aécio como presidente da República. “Se ele assumisse, ia dar certo: haveria um choque de gestão nacional.”
Os dois fazem parte de um movimento para eleger o quase ex-senador deputado por Minas Gerais, pelo que creem ser merecimento e, de quebra, a continuidade do foro privilegiado.
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