Um estudo divulgado, nesta segunda-feira, pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) mostra que apenas 1% das empresas brasileiras vende para o exterior. Apesar do pequeno percentual, essas firmas são responsáveis por 15% dos empregos formais do país e pagam salários até 124% acima do que recebem os trabalhadores de empresas não exportadoras.
— Chamou a nossa atenção o fato de que a grande maioria (61%) dessas empresas realiza negócios na América Latina, o que reforça a importância da integração regional — disse a secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres.
Para ela, além das vantagens da proximidade geográfica e cultural, os produtos brasileiros encontram tarifas mais baixas na região, fruto de acordos comerciais. Pelo levantamento, as alíquotas impostas pelos parceiros comerciais do Brasil são consideradas um fator relevante para empresas exportadoras definirem o destino de suas mercadorias.
Segundo o levantamento, atendem ao mercado externo, hoje, cerca de 25 mil firmas. De 2018 a 2020, as exportações dessas empresas aumentaram 24% para a China, 211% para os Estados Unidos ee 16% para a União Europeia. Por outro lado, as vendas para o Mercosul tiveram um pequeno acréscimo de 2%.
Denominado "Perfil das Firmas Exportadoras Brasileiras - Um Panorama", o estudo revela que a maior parte das empresas exporta de maneira esporádica. Porém, entre as firmas que conseguem vender para outros países, a chance de seguir exportando após o primeiro ano de vendas externas é de aproximadamente 65%.
Ainda de acordo com o estudo, grande parte das empresas atuantes no comércio exterior se concentra no Sudeste e no Sul do país: 54% das firmas brasileiras que venderam ao exterior em 2020 estavam localizadas nos estados de São Paulo e do Rio Grande do Sul.
Por Agência O Globo | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Postado por Madalena França
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