terça-feira, 9 de dezembro
Não faz muito tempo que Paulo Roberto Costa disse em delação que ex-presidente do PSDB levou dinheiro para enterrar CPI no Senado em 2009; Costa disse em depoimento que o ex-senador e ex presidente do PSDB Sérgio Guerra, já falecido, extorquiu em R$ 10 milhões a Petrobras para abafar CPI que apurava contratos da estatal.
Agora, eis que surge também na Lava Jato o "ético" e raivoso, Aécio Neves, atual presidente do PSDB. A Folha, que deu a nota, não diz se Aécio aceitou propina ou não. Ou, se a propina paga para o ex senador Sérgio Guerra foi repartido com Aécio...
A Operação Lava Jato apreendeu papéis com anotações em um escritório da UTC Participações, em São Paulo, que traçavam uma expectativa da empreiteira sobre os rumos da investigação na CPI do Petrobras no Congresso Nacional.
Segundo as anotações, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria sido "pressionado pela CNO para não aprofundar", em provável referência à Construtora Norberto Odebrecht. Ao mesmo tempo, diz a anotação, o senador teria "escalado" dois colegas, Álvaro Dias (PR) e Mario Couto (PA), para "fazer circo".
Todos há de lembrar que Aécio nunca aparece nas sessões de trabalhos pela instalação da CPI mista.
Ainda segundo as anotações apreendidas pela PF, a CPI não parecia ser um desafio sério para as empreiteiras. O manuscrito diz que a "CPI no Senado está esvaziada (apuração). Problema maior será no Judiciário".
Para quem fez as anotações, a CPI "será agressiva, pois não querem apurar nada, só gerar noticiário".
Tanto nos endereços da UTC quanto de outras empreiteiras alvos da Lava Jato, a PF apreendeu diversos indícios de como os empreiteiros se prepararam para acompanhar a comissão.
Na casa de um executivo da construtora OAS, Aldemário Pinheiro, a PF apreendeu um e-mail enviado por um funcionários da OAS que trata de requerimentos apresentados na CPI "que entendo devamos ficar atentos".
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