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terça-feira, 19 de maio de 2015

Justiça multa sindicato dos professores de SP

19/05/2015 18:35


A interrupção do trânsito nas vias, de forma total ou parcial, foi proibida no dia 22 de abril

A presidenta da Apeoesp disse que o sindicato vai recorrer da decisão / Divulgação/ Foto Ilustrativa

Por: Agência Brasil
portalweb@diariosp.com.br
A Justiça paulista multou o Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) pelo bloqueio de rodovias paulistas no início do mês. A decisão é da juíza Lais Helena Bresser Lang Amaral, que determinou o sequestro de R$ 300 mil do sindicato para o pagamento da multa.
A interrupção do trânsito nas vias, de forma total ou parcial, foi proibida pela Justiça no dia 22 de abril, sob pena de multa de R$ 100 mil por rodovia fechada.
No dia 7 de maio, os professores fecharam as rodovias Régis Bittencourt, em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. No dia 13, foi bloqueada a Rodovia Anchieta, em Santos. No dia seguinte, foi a vez da Rodovia Hélio Smidt, em Guarulhos.
Para comprovar os bloqueios das rodovias, a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp), o Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP) e o governo paulista, que protocolaram a ação, anexaram fotos das estradas nos dias em que foram registradas as mobilizações. 
Caso o sindicato não tenha recursos para pagar a multa, a juíza determinou o bloqueio das contas dos dirigentes da entidade.
Procurada pela Agência Brasil, a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, disse que o sindicato vai recorrer da decisão. 
Na semana passada, o sindicato obteve uma decisão favorável da Justiça sobre o pagamento dos dias parados aos grevistas, que tiveram parte de seus salários cortados pelo governo estadual.
Ontem (18), o desembargador Francisco Cascone determinou que o governador Geraldo Alckmin e o secretário estadual de educação, Herman Voorwald, fossem comunicados oficialmente sobre a concessão da liminar para que os dias parados não sejam descontados.
O sindicato quer agilidade para que os valores descontados sejam estornados aos grevistas por meio de folha suplementar.
“Estamos [lutando] no pagamento dos dias parados. Estamos pedindo para que seja feita a folha suplementar porque ganhamos [a decisão]. O desembargador, no dia de ontem, para acelerar o pagamento dos dias parados, notificou o governador e secretários e estamos aguardando”, disse.
Os professores da rede pública estadual de São Paulo estão em greve desde o dia 13 de março. Nesta sexta-feira (22) eles fazem uma nova assembleia, no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), para decidir se continuarão em greve.


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