A prova do crime– Uma gravação com 1 hora e 35 minutos revela como o líder do Governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), ofereceu R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que ele não fechasse acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. No diálogo ocorrido no dia 4 de novembro em um quarto do hotel Royal Tulip, em Brasília, o petista também propôs ao filho de Cerveró, Bernardo Cerveró, que, se o ex-diretor realmente optasse por um acordo com os procuradores da República, ele não o citasse. A gravação embasou a prisão de Delcídio, ontem, pela Polícia Federal na Operação Lava Jato. O parlamentar petista é acusado pela PGR de estar atrapalhando as investigações. A gravação foi feita em um celular de Bernardo. Além de Delcídio e do filho de Cerveró, também participou do encontro o advogado Edson Ribeiro, que era responsável pela defesa de Cerveró na Lava Jato
Estado de perplexidade– Depois da decisão do STF de autorizar a prisão de Delcídio Amaral (PT-MS), senador no exercício do mandato, caso único na história recente do país, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo, afirmou que ele e os colegas "estão atônitos" com a situação, mas com a missão de mostrar que o Brasil "não é mesmo um país do faz de conta". "Agora, o detentor do cargo público terá de ter freios inibitórios mais intensos e não cometer ilegalidades porque as instituições estão funcionando", disse o ministro. Ministros do STF ficaram impressionados com o primeiro relato do ministro Teori Zawaski sobre o caso envolvendo o senador Delcídio Amaral, quando já informava que iria autorizar a prisão do senador.
Governo preservado – O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), reagiu em relação à prisão de Delcídio. Desse que não há "qualquer tipo de envolvimento ou participação do governo" nos fatos que levaram o líder do governo na Casa à prisão. “É importante registrar que não há, em nada que foi dito até agora, qualquer tipo de envolvimento ou participação do governo. Isso é importante dizer", afirmou, para acrescentar: "Não há nenhum fato patrocinado pelo Governo. De tudo que foi dito até agora, são questões que correm totalmente ao largo do governo", afirmou.
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