Em Goiana, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, onde esteve ontem depois de passar pela Bahia, o petista voltou a criticar a taxa básica de juros, a Selic, afirmando que o valor atual não condiz com o patamar da inflação. Disse que é preciso ter crédito para as indústrias crescerem no País, mas não detalhou políticas específicas para contornar o problema.
“Esse País vai voltar a crescer, vai voltar a ter crédito. Não há nenhuma explicação histórica para a gente ter os juros mais altos do mundo, a 13,75%, quando na verdade a inflação está, durante 12 meses, apenas em 4,7%. Para que esses juros tão altos? Quem é que ganha com isso? E quem é que perde? Quem perde a gente sabe quem é. É o povo brasileiro, o empresário que quer investir”, afirmou. Lula, no entanto, errou o valor da inflação acumulada dos últimos 12 meses, que está em 4,18% considerando o mês de abril, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O presidente disse também que é preciso ter dinheiro circulando na economia para que as pessoas e as empresas possam fazer investimentos no País. Sem citar seu antecessor e adversário, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula afirmou que a produção de carros retrocedeu nos últimos anos, o que significa menos emprego e menor poder de compra para a população.
Ao fazer seu discurso o presidente da fábrica da Stellantis para a América do Sul, Antônio Filosa, que recebeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no polo automotivo de Goiana, disse que, com apenas oito anos de existência, a fábrica fez história. “O senhor sabe muito bem disso porque foi o grande protagonista que trouxe essa fábrica aqui”, afirmou. Segundo Filosa, quando Lula estava no segundo mandato, a indústria automobilística estava batendo recorde de 3,8 milhões de unidades produzidas e vendidas por ano no Brasil. Outro ponto forte citado por Lula foi o endividamento da população pobre. Sobre o endividamento da população ele disse: “Temos 72 milhões de brasileiros que estão pendurados no Serasa, pessoas que tiraram dívida para comer, pessoas que utilizaram cartão de crédito para comer e agora não podem pagar. Por irresponsabilidade de um governante que não soube entender a índole do povo brasileiro”, disparou, sem citar o seu antecessor que despachou no Palácio do Planalto.
Postado por Madalena França
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