A capa do Jornal do Brasil de hoje vale por mil palestras de economistas sobre as dificuldades da economia brasileira.
R$ 41 bilhões, em seis meses, são um escândalo em um país avassalado pela crise econômica, que está cortando serviços públicos, benefícios a idosos e deficientes, remédios e o que mais se possa imaginar.
Não, não são negócios saudáveis, onde se ganha o justo, mas resultado da extorsão que se faz sobre as pessoas físicas, em juros e tarifas despropositadas.
Os bancos públicos, especialmente Banco do Brasil e Caixa, não funcionam mais como “travas” às taxas cobradas pela banca privada, mas associam-se a elas no papel de agiotas.
O resultado, na linha de baixo, é óbvio: um mar de inadimplentes, a caminho de serem excluídos de tudo.
Semana passada, um agência volante da Light, no Largo do Machado, no Rio, recebia gente que não tem como honrar as contas de luz. Oferecia parcelamento em até 60 vezes, mediante uma “entrada” e juros. Necessário, mas inócuo, porque quem não tem dinheiro para pagar a luz não terá de onde tirar para pagá-la e mais a “prestação” do “atrasado”.
O negócio da concessionária, claro, é pegar “o que der”.
Enquanto isso, divertem a classe média apontando os garotos das favelas os maiores ladrões do Brasil.
Madalena França Via Tijolaço.
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