O presidente Lula defendeu nesta quarta-feira (11) em Salvador a antecipação das eleições para outubro deste ano e afirmou que o partido "não deve ter vergonha" de dizer que quer um novo pleito presidencial.
Lula foi a Salvador para participar do 29º Encontro Estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), no Parque de Exposições da Bahia.
Em discurso, Lula afirmou que se necessário, voltaria a disputar a presidência da República. E disse que está pedindo a Deus que apareçam outras pessoas para serem candidatas ao cargo.
Deus queira que apareçam outros companheiros, nós temos um ano inteiro pela frente. Agora, esse ano eu vou andar o país. Primeiro, para recuperar a imagem do meu partido. Segundo, para recuperar a minha imagem, diz.
A plateia formada por agricultores e dirigentes do MST, usavam bonés com a frase "eu estou com Lula" e interromperam o discurso de ex-presidente com gritos de "Fora Temer".
"Eu nunca mais dizer 'eu vou voltar', eu vou dizer mais: nós voltaremos a governar este país", disse Lula, vestindo camisa vermelha e um boné do MST.
O presidente do PT Rui Falcão afirmou que o partido "ainda não tomou decisão" sobre quem será candidato. Mas disse que "é uma aspiração nacional que Lula retome por eleições diretas à Presidência do país".
O coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, afirmou que não havia necessidade de lançamento da candidatura "porque Lula é o candidato permanente não só do MST, mas de todo povo brasileiro.
MORO CANDIDATO
Ao defender a antecipação das eleições presidenciais, Lula conclamou potenciais adversários, incluindo o juiz Sergio Moro e os delegados da Lava Jato, a disputar as eleições.
"Se o José Serra quer disputar, se o Aécio quer, se o Moro quer ser presidente, se os delegados querem, ótimo. Se 'grampinho' ACM Neto quer ser presidente, ótimo. Entre num partido e vá para a rua pedir voto. O que não pode é querer ser presidente dando golpe na base da canetada", afirmou.
Lula, também criticou os meios de comunicação e disse que o ódio contra ele prejudica o país: "Eu só quero que, na hora em que eles chegarem à conclusão de que não tem nada contra mim, eles peçam desculpas".
No ato, o ex-presidente ainda criticou medidas econômicas tomadas pelo presidente Michel Temer (PMDB) e defendeu que o país aumente a sua dívida para retomar os investimentos.
Citou como exemplo países como Estados Unidos, Alemanha e França, que aumentar o endividamento após a crise econômica de 2008.
"Quem tem que ter coragem é o governo. Ou ele tem coragem de aumentar imposto ou ele tem coragem de aumentar sua dívida", afirmou.
Disse ainda que, para tirar o país da crise, o presidente tem que ter credibilidade e confiança, "o que só se conquista na urna". Leia ainda: Gilmar Mendes passeia no avião com Temer..O réu, que será julgado por Mendes
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