PGR pedirá inquérito contra Aécio, o articulador do golpe
247 – Principal articulador do golpe que arruinou a economia brasileira, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) será alvo de um novo pedido de inquérito da procuradoria-geral da República.
O motivo, desta vez, é o superfaturamento na construção da Cidade Administrativa de Minas Gerais, que foi orçada em R$ 500 milhões e saiu por R$ 2,1 bilhões.
As informações da nova investigação contra Aécio foram antecipadas pelo jornalista Severino Motta, do Buzzfeed, o mesmo que antecipou a primeira delação da Odebrecht.
Eis um trecho de sua reportagem:
O BuzzFeed Brasil apurou junto a investigadores que trabalham na Lava Jato que o senador foi acusado de receber dinheiro das empreiteiras que fizeram as obras da Cidade Administrativa em Minas Gerais: entre elas a Odebrecht, OAS e Andrade Gutierrez. A delação da Odebrecht, inclusive, fará com que a Andrade seja chamada para um ‘recall’ de sua delação, uma vez que não revelou os pagamentos destinados a Aécio, em sua colaboração. Na delação da OAS, o empreiteiro Léo Pinheiro contou que realizou repasses a Oswaldo Borges da Costa Filho, o Oswaldinho, apontado como operador e tesoureiro informal das campanhas de Aécio entre 2002 e 2014. Pelo relato de Pinheiro, cujo acordo de delação foi suspenso no ano passado pelo STF, 3% era o montante da propina paga aos tucanos pela obra mineira.
Na gravação em que defendeu o golpe para estancar a sangria da Lava Jato, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) ouviu de Sergio Machado, ex-presidente da Transpetro, que Aécio seria o primeiro a ser comido.
Em nota, o PSDB mineiro disse se tratar de assunto requentado. Confira abaixo:
"Trata-se de assunto requentado. O PSDB-MG desconhece a suposta decisão da PGR e rechaça as também supostas acusações em relação ao senador Aécio Neves. O PSDB-MG contesta insinuação de irregularidade em relação à Cidade Administrativa e informa que o edital da licitação foi previamente apresentado ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas, e todos os procedimentos foram acompanhados e auditados por empresa externa ao estado contratada via licitação.
Informamos ainda que o senhor Oswaldo da Costa nunca teve atuação informal nas campanhas do PSDB com as quais colaborou, tendo sempre atuação formal e conhecida na arrecadação de recursos nas campanhas do PSDB."
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