Do blog do Magno Martins
Postado por Madalena França
Por Houldine Nascimento, da equipe do Blog
Senadores que integram a CPI da Pandemia divulgaram uma nota, há pouco, repudiando o pronunciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em rede nacional, na noite de hoje. No documento, os parlamentares apontam um "atraso fatal e doloroso" na declaração de Bolsonaro falando sobre vacinas.
Os senadores do chamado "G7" – que são maioria na CPI e criticam a atuação do Governo Federal no combate à Covid-19 –subscrevem a carta, além de dois suplentes. Eles lembram de falas do presidente minimizando a doença, como quando disse que se tratava de uma "gripezinha".
Leia o comunicado na íntegra:
"Nota pública
A inflexão do Presidente da República celebrando vacinas contra a Covid-19 vem com um atraso fatal e doloroso. O Brasil esperava esse tom em 24 de março de 2020, quando inaugurou-se o negacionismo minimizando a doença, qualificando-a de ‘gripezinha’.
Um atraso de 432 dias e a morte de 470 mil brasileiros, desumano e indefensável. A fala deveria ser materializada na aceitação das vacinas do Butantan e da Pfizer no meio do ano passado, quando o governo deixou de comprar 130 milhões de doses, suficientes para metade da população.Optou-se por desqualificar vacinas, sabotar a ciência, estimular aglomerações, conspirar contra o isolamento e prescrever medicamentos ineficazes para a Covid-19.
A reação é consequência do trabalho desta CPI e da pressão da sociedade brasileira que ocupou as ruas contra o obscurantismo. Embora sinalize com recuo no negacionismo, esse reposicionamento vem tarde demais. A CPI volta a lamentar a perda de tantas vidas e dores que poderiam ter sido evitadas.
Omar Aziz - Presidente CPI
Randolfe Rodrigues - Vice-presidente CPI
Renan Calheiros – Relator
Em apoio
membros efetivos:
Tasso Jereissati
Otto Alencar
Humberto Costa
Eduardo Braga
Suplentes:
Alessandro Vieira
Rogério Carvalho"
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