As idas ao mercado têm sido um desafio para boa parte dos brasileiros. Com a alta na inflação, no preço dos combustíveis e energia, o país vive uma das maiores crises econômicas da história. O cenário se torna ainda pior em meio à crise sanitária da pandemia.
Nas prateleiras, o consumidor encontra produtos cada vez mais caros. Depois da carne, chegou a vez das cervejas passarem pelo reajuste. A cervejaria Ambev, a maior da América Latina, anunciou nesta terça-feira (28) que aumentará o preço de toda a sua produção.
A empresa é responsável pela fabricação de mais de 200 marcas de cervejas, como Brahma, Skol, Antarctica, Budweiser, Stella Artois e Beck’s.
Segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o aumento será imediatamente repassado ao consumidor. A estimativa é de um aumento de 7% a 10%, acompanhando a inflação brasileira.
“O repasse da inflação pressiona toda a população, os bares e restaurantes, assim como a cadeia de produção como um todo”, explica Matheus Daniel, presidente da Abrasel-MG. "Infelizmente, o preço vai ter que ser repassado ao consumidor, e o consumidor está vendo que é justo o repasse."
A Ambev afirmou que o novo preço deve variar de acordo com as regiões, marca, canal de venda e embalagem.
Consumo de cerveja no Brasil
Um estudo realizado pela Euromonitor apontou que o consumo de cerveja no Brasil em 2021 alcançou o maior patamar desde 2014. Somente neste ano, aproximadamente 13,67 bilhões de litros da bebida foram vendidos no país.
Em relação ao faturamento, uma pesquisa da Kantar aponta um aumento de 9,9% desde 2019. A estimativa é que as vendas de cerveja tenham totalizado um mercado de R$ 184,5 bilhões em 2020.
Apesar do aumento dos preços, Matheus Daniel acredita que as vendas devem continuar crescendo. “Nós estamos chegando no verão, o tempo está quente e é a bebida brasileira”, conclui.
(Tô na Mídia Surubim)
Postado por Madalena França
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