O governador eleito de São Paulo, João Dória (PSDB), defende que o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) integre a base aliada de Bolsonaro e escolha uma nova direção para a legenda. O deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) é o nome de Dória para a presidência do PSDB, que realizará a sua convenção nacional em maio de 2019.
“O PSDB não pode ter o receio de fazer inflexões a pautas mais conservadoras, como, por exemplo, a redução da maioridade penal, que tem apoio da maioria da sociedade e que recebeu votos na Câmara da imensa maioria do partido”, disse Araújo, aliado de Dória, ao jornal O Estado de S. Paulo.
Ele também defende a garantia de posse de arma nas áreas rurais – bandeira que mobiliza a base do presidente eleito, Jair Bolsonaro -, sugere a adoção de cotas sociais em substituição às cotas raciais, quer “racionalidade na pauta ambiental” e enxugamento do Estado.
A proposta de Araújo coincide com o projeto de Doria de “tirar o PSDB do muro” e coloca a sigla com uma agenda mais à direita do que a historicamente seguida pelos tucanos.
Doria e Araújo também advogam que o partido vote favoravelmente projetos que Bolsonaro apresente no Congresso e não se opõem aos convites feitos a tucanos para integrar o governo – ao menos quatro assumirão cargos na gestão federal.
Já a atual direção do PSDB e nomes históricos do partido, como o senador José Serra e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, são contra a essa mudança de discurso e também contra o embarque na administração federal. Em entrevista à revista Veja, FHC declarou que, “se o PSDB virar uma sublegenda do governo, qualquer governo, estou fora”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
Madalena França Via blog do Esmael
Sem comentários:
Enviar um comentário