20 de dezembro de 2018
As lideranças do PT protestam, e com razão, contra a partidarização do judiciário que reviu ontem (19) a soltura do ex-presidente Lula após algumas horas de expedida a ordem para libertá-lo.
Mais do que expor um racha na justiça, os petistas veem na contraordem que descumpriu a liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, a morte do judiciário, qual seja, o sistema judiciário decretou seu fim com o (des)caso Lula.
O ex-presidente é mantido preso político desde 7 de abril, na Polícia Federal de Curitiba, numa condenação de provas, cuja pena de 12 anos e um mês é cumprida antecipadamente. A Constituição Federal prevê, porém, a presunção da inocência, isto é, até o trânsito em julgado ninguém pode ser preso.
Foi justamente para garantir o cumprimento da Constituição que Marco Aurélio Mello concedeu liminar à ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade) nº 54, proposta pelo PCdoB, que beneficiaria cerca de 170 mil presos inconstitucionais do país.
Os petistas já tratam a prisão de Lula como sequestro.
Se o PT não vê mais esperanças no judiciário, nem mesmo no Supremo Tribunal Federal, é porque o arroz doce poderá azedar muito em breve. A conferir.
Postado por Madalena França
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