Vi nascer a esperança
Vi sorriso de Criança
Vi gente boa morrer
Vi egoismo crescer
Vi o povo perder vez
Nas voltas que a vida deu
Em dois Mil e dezesseis .
Vi o Papa perdoar
Divorciados e Gays
Vi avião desabar
Matando celebridades
Vi pouca justiça feita
Vi muita impunidade
Alguns punidos talvez
Nas voltas que a vida deu
Em dois mil e dezesseis.
Vi gente alienada
Pedir intervenção Militar
Quem viveu na Ditadura
Para lá não quer voltar
Vi inocentes ser condenado
E bandido inocentado
Vi muita insensatez
Nas voltas que a vida deu
Em dois mil e dezesseis.
Vi as marcas do tempo aparecer
Refletem os cabelos brancos
Vi chegar os meus 50
Sem perder o meu encanto
Na poesia da vida
Vou as pedras retirando
Com garra e altivez
Nas voltas que a vida deu
Em dois mil e dezesseis.
Vi o coração sangrar
Palavras duras escutei
Vi se escorrer pelo ralo
Os sonhos que cultivei
Muitos anos dedicados
Morrer por estupidez
Nas voltas que a vida deu
Em dois mil e dezesseis.
Eu vi Orobó desmoronando
Entregue a Tirania
Vi professores chorando
Vi a prática da covardia
Quem devia nos defender
Foi quem mais o mal nos fez
Nas voltas que a vida deu
Em dois mil e dezesseis.
Vi um fato supreendente
Para os anais da história
Um prefeito ser cassado
Mesmo antes da vitória
Comprovando que é errado
Traparciar e iludir
E vencer com estupidez
Nas voltas que a vida deu
Em dois mil e dezesseis.
50 anos de vida
Neste ano completei
Balancei mas não cai
Sorri e também chorei
Perdi alguns amigos
E outros tantos ganhei
Perdi quem chamei de amor
Outro amor não procurei
Nas voltas que a vida deu
Em dois mil e dezesseis.
Vou agradecendo a vida
Que viver é um presente
Uma hora a gente chora
Outra hora está contente
Que passe logo este ano
Que dele eu não gostei
Pouca saudade sentirei
Das voltas que a vida deu
Em dois mil e dezesseis.
Por Madalena França.
Sem comentários:
Enviar um comentário