O Papa Francisco recebeu nesta sexta-feira (16/12) no Palácio Apostólico do Vaticano o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o líder da oposição colombiana Álvaro Uribe, durante audiências que classificou como “diálogo sincero” em meio ao “momento histórico” vivido pelo país sul-americano.
O primeiro encontro foi com Santos. A audiência foi privada, mas um comunicado do Vaticano afirmou que o presidente pediu ajuda ao pontífice, lembrando o processo de pacificação que está sendo implementado no país após acordo assinado em novembro entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O encontro foi marcado depois que o presidente colombiano foi informado sobre o Prêmio Nobel da Paz, e que faria por conta disso uma viagem europeia.
O presidente colombiano entregou a Francisco como presente o chamado “balígrafo”, uma bala de metralhadora calibre 50 transformada em caneta e com a qual Santos e o líder da guerrilha das Farc, Rodrigo Londoño, “Timochenko”, assinaram os acordos de paz em Cartagena.
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O presente trazia gravada a frase: “As balas escreveram nosso passado. A paz, nosso futuro”, que Santos disse a Timochenko quando as partes assinaram o acordo de cessar-fogo e de hostilidades bilateral, em Havana.
Segundo o comunicado do Vaticano, durante o encontro com Santos, o pontífice falou sobre a “cultura do encontro” e destacou “a importância do diálogo sincero entre todos os atores da sociedade colombiana neste momento histórico”.
Após a reunião com o presidente, Francisco se encontrou com o ex-presidente e líder da oposição Uribe, que foi um dos mais severos críticos do novo acordo de paz.
Uribe argumenta que o novo acordo não é duro o suficiente, por não incluir as demandas da oposição para que os guerrilheiros das Farc sejam impedidos de formar partidos políticos.
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