Um ano e sete meses depois da delação de Joesley Batista e da gravação com o pedido de dinheiro de Aécio Neves – no qual ele sugeria até “dar um fim” no primo Frederico, o apanhador, para que este não delatasse – a Polícia Federal está no apartamento de Ipanema, zona sul do Rio, do ainda senador por Minas Gerais Aécio Neves.
A esta altura, só um milagre faria restar ali alguma prova de qualquer transação ilícita.
Ainda assim, desta vez a coisa não teve o espalhafato do que ocorria quando os alvos eram outros.
Nada de camburão, nada de toucas ninja, nem homens de preto carregando fuzis e muito menos “japonês” ou “lenhador hipster“.
Como você vê aí na foto do G1, agentes a paisana, discretos, que assim mesmo tiveram de esperar uma hora até serem autorizados a subir ao apartamento de Aecinho.
É claro que o errado na operação não são os trajes – nada de errado em agir com discrição, se isso fosse para todos – mas a data.
A esta altura, a operação bem poderia se chamar “Matar o Morto”.
Madalena França via Tijolaço
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