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sábado, 29 de outubro de 2022

Marília carimbou Raquel bolsonarista no debate da Globo e cientistas políticos dizem que Marília ganhou pontos...

 Da Coluna do Magno Martins

Postado por Madalena França




Marília carimbou Raquel bolsonarista

Num debate entre candidatos na disputa de segundo turno, seja qual nível de poder esteja em jogo, no caso presidente, governador ou prefeito, há dois aspectos a considerar. O primeiro é a desenvoltura na abordagem das questões administrativas quando se confrontam as propostas de governo.

O segundo é de natureza política. No duelo da TV Globo, na última quinta-feira, entre Marília Arraes, candidata do Solidariedade ao Governo de Pernambuco, e Raquel Lyra, postulante do PSDB, houve um equilíbrio. Por ter sido governante de uma cidade de porte médio e secretária estadual, Raquel, naturalmente, apresenta mais consistência na argumentação técnica.

Mas se perde na política. Nessa seara, levou nítida desvantagem quando Marília, em todos os momentos do debate, a chamou de bolsonarista e firmou o carimbo de candidata das forças ligadas ao presidente da República em Pernambuco. Neste sentido, a parte mais cruel foi quando Marília, de forma incisiva, quis saber da adversária sua opinião sobre corrupção na gestão Bolsonaro.

Raquel amarelou. Em resposta, disse: “Toda e qualquer corrupção merece ser investigada e punida e os representantes, quem quer que sejam, merecem responder por isso”. Marília, então, voltou a perguntar se a corrupção “existe ou não” no governo federal, mas Raquel seguiu se esquivando, repetindo a mesma resposta. O momento se assemelhou ao que houve em um debate entre os candidatos ao governo do Rio Grande do Sul, Onyx Lorenzoni (PL) e Eduardo Leite (PSDB), na terça-feira passada.

Em cima do muro, sem assumir se vota em Bolsonaro ou em Lula, Raquel não emite nenhum conceito sobre a gestão do atual presidente com receio, claro, de perder votos entre os eleitores que querem a reeleição do chefe da nação. É uma posição muito cômoda, para não dizer oportunista. A tucana não foi capaz de comentar sequer o lamentável episódio da reação à bala e granadas por Roberto Jefferson, nem tampouco o desmatamento na Amazônia.

O incrível disso tudo é a tucana, com essa postura de não sair de cima do muro, ainda, segundo as pesquisas, conseguir garimpar votos no eleitorado do PT. Tenho a impressão, ou quase certeza, que só não consegue romper a barreira do lulismo doentio, eleitorado extremamente fiel ao ex-presidente petista, que, majoritariamente, vota Lula presidente e Marília governadora.

Trincheira no Estado – Pouco tempo depois, Marília voltou a perguntar: “Mas eu gostaria muito de saber se na opinião da candidata, Bolsonaro é corrupto ou não é corrupto? Ou se ela vai continuar fazendo como Pilatos, lavando as mãos para o que está acontecendo no Brasil?”. “Candidata, eu vou deixar a senhora com essas perguntas. Se existe, quando existe, o que existiu, investigação e punição para todos”, rebateu Raquel. Marília também disse que a candidatura adversária é “a trincheira do bolsonarismo” em Pernambuco.

Jantar de pizza – Raquel Lyra buscou associar Marília Arraes ao governador Paulo Câmara (PSB), que sofre desgaste em sua gestão. “Ela fala que não é a candidata de Paulo Câmara, mas você acha que alguém que não faz parte do mesmo grupo político tem tanta gente empregada lá?”, questionou. A tucana também fez referência à disputa entre Marília Arraes e o primo João Campos (PSB) pela Prefeitura do Recife, em 2020, marcada por ataques mútuos. “Olha, não sou teu primo. Aqui não é uma briga na cozinha da tua casa que vocês brigam de dia e se arrumam de noite no almoço de domingo ou no jantar de pizza de vocês”, afirmou.

Por pontos – Ainda sobre o debate, o cientista político Ricardo Andrade escreveu neste blog: “Raquel expôs suas fragilidades, sempre fugindo de temas nacionais, caruarualizando a discussão, recebendo o carimbo de candidata vinculada ao bolsonarismo, parecendo uma eterna candidata à prefeita de Caruaru. Muito pouco, para quem quer comandar Pernambuco. Marília foi muito incisiva, contundente, propositiva, mas não de forma mecânica e tecnicista como Raquel, mas falou de maneira natural, numa linguagem simples, direta e objetiva. Não houve um nocaute, e em alguns momentos Raquel ficou nas cordas. Mas, sem dúvida, Marília ganhou por pontos”.

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