Jovem desiste de baile de formatura e entra para 'top 10' de inovação
Lorrana Scarpioni está na lista dos dez jovens brasileiros mais inovadores.
Empreendedora de Curitiba criou rede colaborativa de troca de tempo.
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Em vez de guardar dinheiro para o baile de formatura, a jovem Lorrana Scarpioni, de 23 anos, preferiu usar o valor que desembolsaria para a festa para investir em uma ideia: uma rede colaborativa, o Bliive, que funciona na base da troca de tempo e de conhecimento. Em um ano, a plataforma já tem 23 mil usuários em 70 países.
Ao se cadastrar, o usuário automaticamente ganha um crédito de cinco horas, chamado de TimeMoney – a moeda de troca da rede. Com essa moeda, o usuário começa trocar com outras pessoas. Por exemplo, você dispõe seu conhecimento de italiano em uma hora de aula. Pela hora oferecida, recebe-se um TimeMoney, que pode ser trocado pelo conhecimento dos outros usuários da rede. O cadastro no Bliive pode ser feito por e-mail ou pela conta no Facebook.
Para a jovem inovadora, o papel da ferramenta é mostrar o valor das pessoas. “O conhecimento que o usuário tem em origami e que ninguém que ele conhece valoriza, outra pessoa do outro lado da cidade vai se interessar, e o usuário vai ver que tem valor. Cada pessoa vai perceber que cada coisa é importante, tem seu valor, e vai compartilhar”.
Além disso, Lorrana também acredita no benefício de tirar o usuário de casa, fazer com que ele saia de frente do computador e conheça outras pessoas por meio da colaboração.
Jovens Inovadores
Graças à rede colaborativa, Lorrana aparece na lista dos dez brasileiros mais inovadores com menos de 35 anos da edição em português da revista de inovação MIT (Massachusetts Institute of Technology), Technology Review. Ela é a mais jovem da lista, que foi divulgada no fim de abril. Recém-formada em direito e em relações públicas, a empreendedora também acaba de ser aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Graças à rede colaborativa, Lorrana aparece na lista dos dez brasileiros mais inovadores com menos de 35 anos da edição em português da revista de inovação MIT (Massachusetts Institute of Technology), Technology Review. Ela é a mais jovem da lista, que foi divulgada no fim de abril. Recém-formada em direito e em relações públicas, a empreendedora também acaba de ser aprovada no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
“É uma coisa muito boa. Eu estou muito feliz, mas traz uma responsabilidade muito grande. Preciso dar o devido empenho, afinal, tem pessoas importantes acreditando na minha ideia. Procuro me esforçar muito mais porque essas pessoas estão acreditando. Não esperava esse reconhecimento tão já. A visibilidade está muito boa, e quero fazer jus a ela”, afirma Lorrana sobre ter sido citada na lista.
Internacionalização
No domingo (25), Lorrana está deixando Curitiba, onde viveu por seis anos, para morar na Escócia e participar de um projeto do governo do Reino Unido. “É um programa de aceleração em que 30 empresas ao redor do mundo são escolhidas. Eles dão salário para quatro membros da equipe se manterem mais o espaço físico [escritório], capacitação, contato com investidores e clientes. Vamos ficar lá durante um ano. Vai ser um tempo de muito aprendizado. Vamos ter contato com muitos mentores e conhecer o mercado europeu, o que é uma coisa nova para nós. Também vamos validar o modelo de negócio, expandir e internacionalizar”, conta.
No domingo (25), Lorrana está deixando Curitiba, onde viveu por seis anos, para morar na Escócia e participar de um projeto do governo do Reino Unido. “É um programa de aceleração em que 30 empresas ao redor do mundo são escolhidas. Eles dão salário para quatro membros da equipe se manterem mais o espaço físico [escritório], capacitação, contato com investidores e clientes. Vamos ficar lá durante um ano. Vai ser um tempo de muito aprendizado. Vamos ter contato com muitos mentores e conhecer o mercado europeu, o que é uma coisa nova para nós. Também vamos validar o modelo de negócio, expandir e internacionalizar”, conta.
Ela explica que apesar de a rede colaborativa alcançar 70 países, mais de 90% dos usuários são do Brasil – o restante se divide entre Portugal e Estados Unidos. “Em alguns países, temos pouquíssimos usuários”. O Bliive está disponível em dois idiomas: português e inglês.
Início
A ideia da plataforma surgiu em maio de 2012. Dois documentários sobre economias alternativas – um sobre formas diferentes de usar dinheiro e outro sobre colaboração online – inspiraram Lorrana para a criação da rede social.
A ideia da plataforma surgiu em maio de 2012. Dois documentários sobre economias alternativas – um sobre formas diferentes de usar dinheiro e outro sobre colaboração online – inspiraram Lorrana para a criação da rede social.
Apesar de ter sido lançada em maio de 2013, a rede colaborativa estava em fase de teste até setembro do mesmo ano. Neste período, os usuários precisavam de um convite para se cadastrar. “Era uma versão beta [o que significa que produto está em período de desenvolvimento e sendo testado por usuários]”, explica Lorrana. Até então, o Bliive tinha cerca de sete mil usuários.
Opções de troca
“Tem de tudo. A maior parte é para conhecimento: culinária, química, filosofia. Tem também para hobby, como esporte e artesanato”, exemplifica Lorrana sobre as possibilidades de trocas disponibilizadas pelos usuários. Ela conta que já trocou várias vezes. "Troco sobre empreendedorismo e startup, ajudo a pensar em modelo de negócios. Tive contato com pessoas interessantes e ideias muito boas. Com algumas pessoas mantenho contato até hoje, trocamos livros”, diz Lorrana, que nasceu em Salvador (BA) e aos quatro anos de idade foi morar em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. De lá, foi à capital paranaense para fazer as duas faculdades.
“Tem de tudo. A maior parte é para conhecimento: culinária, química, filosofia. Tem também para hobby, como esporte e artesanato”, exemplifica Lorrana sobre as possibilidades de trocas disponibilizadas pelos usuários. Ela conta que já trocou várias vezes. "Troco sobre empreendedorismo e startup, ajudo a pensar em modelo de negócios. Tive contato com pessoas interessantes e ideias muito boas. Com algumas pessoas mantenho contato até hoje, trocamos livros”, diz Lorrana, que nasceu em Salvador (BA) e aos quatro anos de idade foi morar em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná. De lá, foi à capital paranaense para fazer as duas faculdades.
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