RIO - Intérprete mais famoso do Analista de Bagé, Claudio Cunha morreu nesta segunda-feira em Porto Alegre, onde estava se apresentando com a peça "A casa caiu". O ator, diretor e cineasta de 68 anos passou mal na noite de ontem, chegou a ser levado para o hospital, mas não resistiu a um infarto pela manhã. O velório deve acontecer na próxima terça-feira no Cemitério Gethsêmani, Morumbi, em São Paulo, cidade natal de Claudio.
Com uma extensa produção no cinema e no teatro, Claudio dirigiu em 1978 o filme "Amada amante", uma das maiores bilheterias do cinema nacional e, por mais de 30 anos, deu vida ao analista de Bagé nos palcos. O personagem de humor, criado por Luis Fernando Verissimo em 1981 para retratar a personalidade do homem gaúcho, teve a sua primeira montagem no teatro em 1982.
Em 1998 "O analista de Bagé" entrou para o "Guinness book" como a peça de maior tempo em cartaz e Claudio foi citado como o ator que por mais tempo interpretou um mesmo papel. Sobre o trabalho, ele dizia ser "um paulista que se vestia de gaúcho pra ganhar a vida".
Claudio iniciou a carreira no cinema aos 24 anos, produziu diversos curtas e 13 longas-metragens. Entre os filmes que dirigiu, estão a pornochanchada "Oh! Rebuceteio", de 1984, e "Profissão mulher", de 1982, com Otávio Augusto, Cláudio Marzo e Lady Francisco. Mas foi no teatro que abriu um novo capítulo de sua história, encontrando na comédia uma rica área de atuação.
Para Claudio Lisboa, um de seus filhos, a contribuição dele para a cultura foi grande.
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