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quarta-feira, 22 de abril de 2015

Por sete votos a três e uma abstenção as contas do Ex- prefeito Manoel João de Orobó foram rejeitadas.

Como já era previsto,as contas do exercício 2012 foram rejeitadas pela  maioria dos vereadores que seguiram parecer do TCE.



Orobó acompanhou atentamente a leitura do parecer do TCE, no tocante  as contas de  2012 do ex- prefeito Manoel João, e apesar de saber o tanto quanto ele contribuiu, para o nosso município, realmente os *fatos eram graves*. Dois chamaram bastante atenção, um deles foi o gasto com a Educação, que não atingiu os 25% recomendado pela lei, tendo atingido apenas 18. O outro, foi o desconto dos servidores que não foi repassado ao IMPREO. Mais de oitocentos mil, é realmente muito dinheiro para  não ter uma justificativa plausível para tamanho descontrole de verbas públicas. Todavia, isso não *inocenta  os que usufruíram juntos dos benefícios e regalias, favores*, como bem explicou o vereador Lúcio Ramos. Também foi digno da parte do vereador Dr. Jorge, da vereadora Conceição Arruda e do vereador Lúcio Ramos , a hombridade de reconhecer que por ter feito parte do governo, não se sentiam a vontade, para votar contra um parceiro de caminhada, por isso os três decidiram votar a favor do ex- prefeito. O vereador Manuel Mariano faltou a reunião, talvez por algum problema pessoal e fez muito bem, não se envolver nesse labirinto, já que ele não participou da festa, para que aparecer para tirar à mesa?
O IMPREO é um fundo de previdência própria do Município, muito invadido por vários governos. Mas, ninguém conta que foram os vereadores, que autorizaram o prefeito a mexer neste fundo, a título de empréstimos, que na verdade eles sabiam que não seria reposto. A Educação de Orobó a muito tempo, se mantem  somente com o FUNDEB que paga os gastos da Educação e sobra. Tanto que tivemos duas folhas a mais, no governo de Zé Francisco e uma e meia no governo de Manoel João. Isso no final de cada ano.  Esses 25% que seria do FPM, há tempos que não é utilizado.Somente no ano de 2012 é que Manoel João realmente fez besteira até com as verbas do FUNDEB. Isso não há como negar. O único prefeito que pode ser considerado *paranormal, é o atual gestor*. Visto que, ele deve ter uma bola de cristal, para  calcular antes, todo o dinheiro do FUNDEB, de acordo com o número de professores, ativos, os que adoecem e tem que colocar substitutos, as licenças maternidades, prêmios etc. O homem é um vidente espetacular! Para que o leitor entenda, ele deve saber que este fundo não é uma parcela mensal fixa. Varia mês a mês, porque ele advém de vários impostos que também não são fixos. É impossível alguém que não seja vidente afirmar que chegou trinta e um de dezembro, sem que o fundo tenha nada de sobra. Em Maio do ano passado, o vereador Lúcio Ramos anunciou e está gravado, uma verba extra de mais de oitocentos mil, que a presidente enviou para reposição do FUNDEB. Como nosso salário estava em dia, mais de 500 mil pertencia aos 60%, que é obrigatório ser pago em salário ao professor. Esse dinheiro deveria ter sido rateado. Mas, pegou voo e ninguém sabe onde foi parar o dinheiro voador. Não se sabe como essas contas dão certo. Só quando acaba o mandato é que aparecem os rombos.
Agora devemos nos perguntar, se todos os vereadores sabem disso, porque não acusam quando o governante ainda está no poder?
Seja lá quem for, o próximo prefeito, que moral terá esses vereadores da situação de hoje, para acusar o prefeito atual, caso ele seja responsabilizado por esse dinheiro voador futuramente?
Basta mudar de prefeito, que muita gente muda de interesse e de opinião. Na política de Orobó não há amigos,ou pelo menos em 98%, o que há, são parceiros do poder! Jogo Muito arriscado para quem confia e vive perigosamente.
Perguntar não ofende. Manoel João teve suas contas rejeitadas.No final, ele vai devolver o dinheiro a quem de direito? De que adiantaria ,mesmo se ele devolvesse, ir parar no mesmo ralo por onde águas semelhantes escorrem?

O espectador, o ouvinte, o votante, o eleitor é aquele que paga o preço da corrupção e ainda é obrigado a conviver com essa política injusta e que tira qualquer vontade de ir as urnas para eleger pessoas das quais, o próprio eleitor, tem vergonha de dizer, esse foi o prefeito, o governador, o presidente, o deputado ou o vereador no qual eu votei.

As vezes a Democracia brasileira assusta!

Escrito por Madalena França.

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