Em meio à grande pressão de policiais e professores por reajuste salarial, o governador Paulo Câmara (PSB) não evitou o assunto, durante a entrevista na Rádio Jornal, no programa de Geraldo Freire. Como o secretário de Administração, Milton Coelho, tem falado na mesa de negociações, Paulo reconheceu que o governo de Pernambuco superou o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e que, neste momento, não adianta pressionar por reajustes. Ele comentou que é preciso esperar para ver o resultado do quadrimestre de janeiro a abril, que será publicado até 30 de maio.
Sempre ressaltando que a política salarial do governo estadual com o PSB foi de valorização do funcionalismo, o governador ressaltou que o Estado, quando tinha margem, sempre concedeu reajustes acima da inflação para os servidores. Mas o ano não é favorável. “É um momento de pressão que não vai surtir nenhum efeito prático”, afirmou Paulo Câmara.
O momento é de tensão com os professores, que pedem reajuste de 13,01% para toda a categoria – não apenas para os pouco mais de 4 mil que têm magistério – e também dos policiais. No caso da área da educação, a maior cobrança é por causa da promessa feita durante a campanha, de que se eleito os salários dos professores seriam dobrados em 4 anos.
Paulo falou dos efeitos da crise econômica sobre as contas públicas e disse que o governo vai monitorar como se comporta o caixa estadual. “Em 2007 houve uma pactuação para o salário só subir em outubro”, lembrou.
Os principais trechos da entrevista do governador serão publicados amanhã, quinta (9), no caderno de Política do Jornal do Commercio.
Sem comentários:
Enviar um comentário