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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Artigo especial


Por Doriel Barros*
A democracia do nosso país vivenciou, durante este mês, momentos de extrema importância e que mostraram o quanto ainda temos desafios a enfrentar para que possamos assegurar a nossa liberdade e os resultados das urnas. Mobilizações, em vários cantos do Brasil, revelaram ideologias, angústias e esperanças de sujeitos políticos que têm papel importante em regimes como o nosso. A voz das ruas deixou bem claro quais são os dois projetos de sociedade predominantes na atual conjuntura: um, que defende a democracia, e o outro, que defende o golpe político.
A mobilização pautada pela Contag e movimentos e organizações de mulheres de todo o País, chamada de Marcha das Margaridas, levou mais de 70 mil pessoas à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no dia 12, em defesa de mais politicas públicas para o campo e a cidade e do respeito aos direitos humanos e à democracia. Essa pauta teve prosseguimento no dia 20, quando a CUT e diversos movimentos sociais e sindicais voltaram às ruas, dizendo não ao retrocesso, à retirada dos direitos dos trabalhadores, mas defendendo o  respeito ao mandato da presidenta da República.
Em outra direção, no último dia 16, muitas pessoas foram às ruas para defender o impeachment de Dilma Rousseff e acusar o ex-presidente Lula de corrupção. Enquanto nas manifestações anteriores se falava em qualidade de vida, nesta, as faixas expressavam ódio, desejo de vingança, vontade “de calar a voz”, e até de que volte o golpe militar. Outro grande diferencial entre este momento e os dois citados anteriormente foi a grande cobertura da mídia dada a ele. A ampla divulgação do ato, como ocorreu em 64, mostrou de que lado os meios de comunicação estão.
Para os movimentos e organizações que foram às ruas nos dias 12 e 20, a democracia em nosso País é algo inegociável. A nossa (dos movimentos) história traz na bagagem uma experiência que não podemos deixar que se repita: um golpe que fechou sindicatos, organizações de classe e partidos políticos, impedindo a representação e livre filiação dos trabalhadores, a participação da juventude, das mulheres, dos intelectuais.
Diferente do que aconteceu no Governo Fernando Collor, o processo atual é um verdadeiro golpe, e, portanto, deve ser combatido por todos, principalmente pelos mais pobres. Isso porque, como venho reafirmando em meus artigos, a grande maioria dos ricos e da classe média não aceita, até hoje, que um metalúrgico tenha sido eleito e considerado o melhor presidente que este País já teve, e que, atualmente, uma mulher comande a sétima maior economia do mundo.
Mas, nós, trabalhadores e trabalhadoras rurais e urbanos, vamos continuar a incomodar esse povo, viajando em “seus” aviões, comendo o mesmo tipo de comida, tendo acesso às mesmas universidades, pois, uma coisa é certa: NÃO HAVERÁ GOLPE! NÃO VÃO NOS APRISIONAR MAIS UMA VEZ.


*Presidente da Fetape

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