AGOSTO 26, 2015 DIMAS SANTOS
As eleições serão apenas em 2016 e a campanha ainda não começou oficialmente, mas os pré-candidatos já marcam forte presença nas redes sociais, ferramentas que são utilizadas para apresentar pontos de vista e destacar os pontos fortes da trajetória política. Cada vez mais, a internet aparece como importante aliada na conquista do eleitor. A minirreforma eleitoral cria novas regras para a interação online. “A campanha nas redes sociais está liberada. Um dos pontos interessantes da minirreforma é que passa a ser crime eleitoral a contratação direta ou indireta de pessoas para publicar mensagens com ofensas a candidato, partido ou coligação”, destaca Rosário de Pompéia, cientista política e sócia da consultoria Le Fil.
Segundo ela, a prática já era condenada por boa parte das empresas que prestam esse tipo de serviço. “Infelizmente, algumas se sujeitavam a esse tipo de atividade”, ressalta. O descumprimento da nova regra irá gerar prejuízo financeiro e pena restritiva de liberdade. “Esse tipo de contratação contará com pena de detenção de dois a quatro anos e multa de R$ 15 mil a R$ 50 mil. Para as pessoas que prestam o serviço, a multa é de R$ 5 mil a R$ 30 mil e estarão sujeitas a detenção de seis meses a um ano”, explica, durante o Le Fil Day, que tratou do “Uso das redes sociais pela gestão púbica e as tendências na área para as próximas eleições”, que aconteceu hoje (26) no empresarial Jopin. O evento foi voltado para assessores de políticos e de partidos.
O pré-candidato pode, desde já, mencionar a possível candidatura nos atos legislativos e manifestar, por redes sociais, posicionamento pessoal sobre questões políticas. “Os pré-candidatos à prefeitura do Recife não só estão presentes nesses veículos de comunicação, mas também possuem atividade intensa”, ressalta Rosário de Pompéia. A Lei 12.891, de 11 de dezembro de 2013,afirma que a Justiça Eleitoral poderá determinar, por solicitação do ofendido, a retirada de publicações que contenham agressões ou ataques a candidatos na internet. A expectativa é que em 2016 a campanha na internet seja mais bem planejada e estratégica do que as anteriores. “Não podemos disputar uma eleição desprezando o poder das redes. As Elas também são importantes para que o candidato compreenda os principais anseios da população e dialogue sobre o assunto com eles, promovendo assim o debate e a troca de ideias, conquistando um a um”, ressalta Rosário. (Henrique Barbosa)
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